Caríssimos, o tema a abordar hoje foi pensado por X ainda antes da concepção deste mesmo blog. Uma alternativa de poupança, uma alternativa de investimento que passa por emprestar dinheiro (semi) directamente a empresas. Falo-vos da Raize.
Raize foi considerada a Startup do ano em 2015 e tem tido um crescimento exponencial desde então, tendo entrado em bolsa no final do mês passado. Esta empresa propoe-se a fazer o trabalho dos bancos que acolhem o dinheiro das poupanças das pessoas a troco de 1% de juros e que o colocam ao dispor de investidores ou ao simples credito ao consumo com juros na casa dos 10%. Falamos de uma comissão enorme, e de facto exagerada face ao trabalho que o banco realmente desenvolve neste sentido. Empresas como a Raize, propoem-se a simplificar este processo e intermedia-lo cobrando uma comissão razoável que ronda os 3%.
A titulo de exemplo, a empresa X necessita de 10.000€, e pretende paga-los em 12 meses. A Raize irá avaliar a situação da empresa e conforme o risco associado (porque existe sempre risco de incumprimento, mais sobre isto a baixo) e irá atribuir-lhe uma taxa de juros, digamos 6.5% a titulo de exemplo. Quem tiver interesse poderá comprar um pouco desta divida da empresa X e será recompensado com 6.5% de juros sobre o valor que emprestou. Cada um de nós poderá tornar-se um “pequeno banco” e emprestar dinheiro a pequenas e medias empresas colhendo os juros bem a cima do que os bancos praticam.
Para mitigar o risco, temos que invocar a velha máxima:
Não colocar todos os ovos no mesmo saco
Falo-vos de diversificação. Digamos que temos 1000€ para investir. Caso investisse-mos a totalidade do dinheiro numa só empresa, por muito improvável que seja a mesma falir ou atrasar-se com os pagamentos, este facto poderá acontecer. Todavia se dividir-mos o dinheiro entre 2 empresas, 500€ em cada, o risco de ambas entrarem em incumprimento será forçosamente menor. E o mesmo ira acontecer em muito maior escala se dividirmos os 1000€ por 50 empresas e investir-mos apenas 20€ em cada uma delas.
A bem ou a mal a diversificação, na Raize irá sempre acabar por ocorrer devido à elevada procura, levando as ofertas de compra a rateio. Para quem não sabe, rateio passa pela divisão proporcional de todas as ofertas, face à procura. Digamos que cada uma de 10 pessoas quer investir 1000€ num empréstimo que apenas requer 5000€, cada um dos investidores apenas poderá investir 500€.
Nesta plataforma, há duas opções de compra:
- Compra manual – no mercado existem vários empréstimos disponíveis, e o investidor poderá comprar/investir em qualquer um deles. Tal como foi avançado anteriormente, devido a elevada procura, novos empréstimos são subscritos na totalidade em segundos pelo Tracker, do qual vos falarei a baixo, dificultando o investimento directo em novos empréstimos. A alternativa será o mercado secundário, onde investidores podem vender os emprestimos que têm em carteira. Este mercado secundarias acaba por ser quase tão escasso como o anterior.
- Tracker – O tracker irá investir um montante especificado pelo investidor em todo e qualquer empréstimo que seja colocado no mercado (excepto mercado secundário). O tracker será o nosso melhor amigo se ambicionar-mos a diversificação comprando desde empréstimos de empresas estáveis que oferecem 3% de juros ate startups de alto risco cujo futuro e incerto que oferecem 10% de juros.
Os empréstimos desta plataforma são pagos um pouco à semelhança dos empréstimos bancários, em que todos os meses são pagos tanto o valor emprestado, bem como os juros. Facto que irá reduzir o risco, com o retorno antecipado do nosso capital, em oposição aos depósitos a prazo num banco tradicional (em que tantos os juros, como o valor investido, normalmente só serão devolvidos no final do contrato). Este facto também é benéfico visto libertarmos capital investido mais cedo, o qual que poderá ser re-investido (automaticamente, através do tracker) em novos empréstimos.
E o que é feito de X no meio deste Raize de conversa?
Pois bem, X já conhecia esta empresa e o que fazia há cerca de 2 anos, mas devido a pouca informação sobre a mesma, aliado ao alvoroço do primeiro investimento imobiliário (e depois do segundo), investir na Raize não passou de uma ideia até ao inicio desde ano. Todavia os objectivos de X para 2018 (definidos em Dezembro) contemplavam o investimento de 2000€ na Raize.
Meio ano volvido, posso dizer que esse objectivo já foi atingido, e até ultrapassado! Dito isto, por agora, X não pretende investir mais na Raize, pelo menos ate ao final do ano. Tendo em conta o capital limitado a que X tem acesso, outros investimentos terão prioridade daqui em diante. Tanto na Raize como, numa carteira de investimento, a diversificação permite ao investidor ter retornos maiores sem aumentar o risco. Desta forma, o plano passara por procurar novos veículos de investimento e tentar optimizar a estrutura de investimento de X, nomeadamente em termos fiscais (o que e difícil dificil difíííííííííííícil!) e em termos de taxas e comissões dos diferentes veiculos que X usa para investir.
Espero que tenham gostado do artigo. Caso queiram começar a investir na Raize, podem usar o link abaixo. Caso precisem de ajuda, por favor, disponham.
Comecar a investir com a Raize
Até para a semana.
X
2 opiniões sobre “Empréstimos P2P – Uma alternativa de Investimento – Raize”