Caríssimos, espero que o centésimo artigo desta semana (artigo 100!!! yahooooo) encontre bem. Um dos artigos mais lidos (ate agora) no nosso blog foi o Empréstimos P2P – Uma alternativa de Investimento – Raize portanto, e cerca de um ano volvido após X ter investido na Raize, vamos ver como a experiência correu e o que mudou.
Antes de mais e sem mais demoras, vamos aos números que X tanto gosta.
X investiu 5000€ nesta plataforma, de forma faseada, de maneira a que não poderemos calcular com exactidão uma taxa de juros deste ano, mas iremos avançar números à mesma.
Este montante e juros já vencidos, totalizando 5177.18€, actualmente esta dividido entre 266 empresas, e outras 6 apenas aguardam confirmação para se juntarem à lista. Actualmente temos:
- 261 das 266 empresas com os pagamentos em dia, ou seja 98%,
- 4 das (1,5%) em atraso, sendo que 3 destas empresas, apenas se encontrem com menos de um mês de atraso, e uma com cerca de 3 meses de atraso. estando prestes a entrar em incumprimento
- 1 dos empréstimos (menos 0.5%) encontra-se em incumprimento.
Após impostos e cerca de um ano volvido, falamos em cerca de 3,5% o que é decente, mas longe de ser incrível. Se dermos por perdido o empréstimo actualmente em recuperação a taxa irá baixar para os 2,7%.
Actualmente e face aos valores investidos, X tem estado a receber cerca de 20€ de juros mensais, o que corresponde a uma taxa de juros de 4,6% o que é bem mais agradável!
As taxas de juro brutas tem vindo a baixar dos 7,2%, para os 7%, para os 6,5%, sendo que X esta nos 6,3% e a R aponta a taxa prevista entre os 5,5% e os 6,5%. Isto quer dizer que as taxas de juro tem vindo a baixar, indo de encontro às taxas praticadas pelos banco, se bem que felizmente ainda se encontrem bem longe!
O que temos de considerar quando investimos na Raize?
As taxas de juros (ainda) são muitíssimo superiores às praticadas pelos bancos, o que faz com que a Raize seja muito mais rentável e consequentemente apelativa para os investidores. Mas…
Temos que considerar duas questões:
- A Raize surgiu como uma grande novidade em Portugal, seguindo os passos das suas mil e uma irmãs P2P espalhadas pelo mundo agitando os bancos em dois pontos essenciais: aumentando os juros pagos a quem empresta dinheiro (contas poupança na banca tradicional) e reduzindo os juros cobrados às empresas que buscam financiamento. Como? Que magia negra estes malandros trazem? Simples: cortam no spread (diferença entre os juros pagos e os juros recebidos), cobrando baixas comissões e agindo apenas como intermediários entre quem empresa e quem necessita do empréstimo. Caso os bancos se queiram manter no mercado, e com o crescimento das Raizes que por aí andam, terão que se tornar mais competitivos, oferecendo melhores condições. Ao mesmo tempo a Raize terá que fazer o mesmo, e talvez por isso estejamos a ver a media das taxas de juro a baixar. O facto da Raize ganhar visibilidade, também maiores empresas, com menor risco, comecem também a usar a Raize para se financiarem, pedindo grandes empréstimos a taxas de juro relativamente baixas, contando como uma grande percentagem da oferta da Raize, puxando assim também para baixo as taxas de juros oferecidas aos investidores.
- Todos sabemos que os potenciais ganhos estão sempre relacionados com o nível de risco. Como a Raize a contar cada vez mais com maiores empresas (que acarretam menos risco de não pagarem) como suas clientes, as taxas de juro tenderam a baixar, ainda assim e com a recente ma experiência de X com uma empresa em incumprimento, esta é uma possibilidade que deve sempre ser tida em conta. Em menor volume monetário, mas em maior numero, a Raize conta cada vez mais com mais empresas de alto risco, que se propõem a pagar mais de 10% de juros, o que se correr bem é óptimos, mas que acarretam grande risco de incumprimento.
Conclusões?
X continuam feliz com a Raize, mas cada vez mais alerta para o risco (que de facto é uma possibilidade real) de incumprimento, que se pode converter em perdas algo difíceis de digerir, especialmente para um jovem investidor como X. Outro ponto a considerar é o expectável declínio das taxas de juro oferecidas.
Em relação à redução das taxas de juros não há muito a fazer, a não ser procurar por alternativas fora da Raize. Relativamente ao crescente risco de incumprimento, a melhor aposta é a diversificação. Reduzam o montante investido em cada empresa e aumentem o numero de empresas em que investem. De bónus, tornam a vossa posição muito mais liquida, podendo vender apenas parte dos vossos investimentos se quiserem retirar algum dinheiro da Raize.
Esta diversificação apenas tem uma desvantagem, que é o maior tempo para colocarem os vossos investimentos.
X ira continuar com a sua posição e se possível (difícil) irá aumenta-la este ano ligeiramente. Ao mesmo tempo, X reduziu o valor do Tracker (valor máximo investido em cada empresa) de 150€ para 100€ e agora pra 50€, diminuindo o seu envolvimento com cada empresa para valores de menos de 1% do capital investido por empresa.
X continua a acreditar que a Raize ainda poderá trazer muito e bom dinheiro a muitos investidores em Portugal! Se se quiserem aventurar um pouco com a Raize, o registo é gratuito e podem investir montantes a partir dos 20€. Se se quiserem registar e contribuir um pouco para este blog, podem utilizar o link: Raize
Bons investimentos,
X